Prefeito de SP estreia tarifa zero de ônibus aos domingos e enfrenta reclamações e protestos durante trajeto.

Nessa madrugada de domingo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lançou a tarifa zero de ônibus na capital paulista aos domingos. O programa, batizado de “Domingão Tarifa Zero”, tem sido vista como um aceno em direção às eleições municipais de 2024.

Nunes estreou o programa ao pegar um ônibus no Terminal Parque D. Pedro 2°, na presença de imprensa, assessores e alguns vereadores. Em sua jornada, encontrou reclamações por parte de algumas pessoas e até mesmo um gesto obsceno próximo ao seu rosto.

A medida do prefeito acontece em meio ao anúncio do aumento do valor da passagem para metrôs, trens e integração entre ônibus e transportes sobre trilhos pelo governo estadual de São Paulo.

Durante a viagem de ônibus, Nunes teve a oportunidade de conversar com passageiros que não estavam cientes do programa de gratuidade aos domingos. Além disso, várias reclamações sobre itinerários e disponibilidade de ônibus noturnos surgiram durante a jornada.

Ao explicar o funcionamento do programa a passageiros desavisados, o prefeito prometeu avaliar as reclamações sobre itinerários e disponibilidade de ônibus noturnos em São Paulo.

Antes da estreia do programa, Nunes explicou que a motivação para a tarifa zero aos domingos era proporcionar lazer à população. Segundo o prefeito, aos domingos, 60% da frota de ônibus fica ociosa, e a gratuidade poderia aumentar o número de pessoas utilizando o transporte coletivo.

O programa deve contemplar 1.175 linhas e uma frota de 4.830 ônibus, beneficiando cerca de 2,2 milhões de passageiros, e funcionará das 0h às 23h59 dos domingos.

Apesar da iniciativa inovadora, o Metrô e CPTM não aderiram à gratuidade nos domingos, e as tarifas para esses meios de transporte serão reajustadas para R$ 5 a partir de 1º de janeiro.

A prefeitura estima que a medida terá um custo de R$ 238 milhões por ano, mas afirma que não será necessário aumentar os subsídios pagos às empresas de ônibus. Desde 2022, a prefeitura arca com mais da metade do serviço de ônibus na capital, destinando R$ 5,2 bilhões como forma de subsídio.

Apesar dos desafios, a iniciativa demonstra um esforço do governo municipal em oferecer alternativas para a população e melhorar o sistema de transporte público na capital paulista.

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