O plano consiste no lançamento de um aplicativo e um site onde os usuários poderão cadastrar previamente seus celulares. Em caso de furto ou roubo, pessoas de confiança poderão bloquear o aparelho por meio de um aviso simultâneo para a Anatel, bancos, operadoras de telefonia e demais aplicativos. O serviço será disponibilizado pelo Ministério da Justiça, em parceria com Anatel, Febraban, ABR Telecom e diversos bancos, incluindo Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Inter, Sicredi e Sicoob.
O anúncio foi feito depois de Cappelli se reunir com representantes de operadoras de telefonia, que também aderiram à proposta. Segundo o secretário-executivo, o objetivo é facilitar o bloqueio de aparelhos, linhas e aplicativos bancários das vítimas de furto ou roubo, sem burocracia.
A iniciativa vem em resposta ao aumento significativo de roubos e furtos de telefones celulares no Brasil. De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho, o país registrou um crescimento de 16,6% nesse tipo de crime, saindo de 853 mil casos em 2021 para 999,2 mil ocorrências no ano passado. Em média, são roubados 114 celulares por hora, cerca de dois por minuto.
A popularidade dos dispositivos móveis como porta de entrada para outros delitos, como golpes e extorsão, cresceu durante a pandemia da Covid-19, impulsionando também o comércio eletrônico. Além disso, a criação do sistema Pix facilitou operações de transferência de valor a partir dos aplicativos dos bancos, aumentando a incidência desse tipo de crime.
Diante desse cenário, a medida anunciada por Cappelli busca fornecer uma solução eficaz e ágil para aqueles que são vítimas de furto ou roubo de celulares. A expectativa é que a iniciativa contribua para a redução desse tipo de crime e proporcione mais segurança à população.