O governador explicou que o reajuste não é suficiente para cobrir os custos operacionais do transporte e que o estado terá que continuar subsidiando o sistema. Freitas alertou que sem esse subsídio, as empresas enfrentariam precarização e perda de qualidade nos serviços prestados. Ele também comparou o valor do reajuste com o que seria devido, mencionando que as tarifas deveriam estar em torno de R$ 8 para EMTU, e mais de R$ 6 para CPTM e metrô, caso fossem reajustadas conforme os custos operacionais.
O governador ressaltou a necessidade do aumento da tarifa, afirmando que corresponde a apenas metade da inflação acumulada nos últimos três anos, e descreveu a situação de manter os valores atuais como insustentável.
Além disso, Tarcísio afirmou ter comunicado o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sobre o aumento da tarifa. No entanto, a Prefeitura da capital não fará correção na tarifa dos ônibus, mantendo o valor em R$ 4,40.
A decisão do reajuste levanta questões sobre o déficit do metrô, que fechou 2022 com um prejuízo de R$ 1,16 bilhão e uma taxa de cobertura de 83%. Além disso, houve uma diminuição no volume de usuários, com 794 milhões de viagens em 2022, em comparação com pouco mais de 1 bilhão em 2019.
Em relação à possibilidade de tarifa zero nos ônibus, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a implementação da medida aos domingos, Natal, Ano Novo e no aniversário de São Paulo a partir de 2023. A gratuidade nestes dias se aplica a 1.175 linhas, beneficiando cerca de 2,2 milhões de passageiros. A gestão municipal também desembolsou um valor de R$ 5,3 bilhões em subsídios para as empresas de ônibus em 2022, um aumento considerável em relação a anos anteriores.
O anúncio do reajuste das tarifas por parte do governador reflete a difícil situação financeira do transporte público em São Paulo, erguendo questionamentos sobre a eficiência e sustentabilidade do sistema.