Gonet, que atualmente exerce o cargo de vice-procurador eleitoral com atuação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), irá assumir o cargo deixado por Augusto Aras, cujo mandato terminou em setembro. O novo procurador é um dos 74 subprocuradores da República em atuação na PGR e entrou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987. Ele é formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB), onde também obteve título de doutorado.
Nos bastidores, Gonet contou com o apoio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes para chegar ao cargo de procurador-geral. O subprocurador é autor do livro “Curso de Direito Constitucional”, escrito em parceria com Mendes. Além disso, no TSE, Gonet deu parecer favorável à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro no processo que tratou da legalidade da reunião realizada com embaixadores para atacar o sistema de votação eletrônico brasileiro.
Desde a saída de Augusto Aras, a PGR estava sendo comandada interinamente pela subprocuradora Elizeta Ramos. Com a nomeação de Gonet, a expectativa é que ele traga sua experiência e conhecimento para dar continuidade ao trabalho da Procuradoria-Geral da República. Sua atuação no TSE e seu relacionamento com os ministros do STF podem ser elementos-chave para sua gestão à frente do órgão, tendo em vista a importância do diálogo e da cooperação entre os poderes.
Com um perfil técnico e reconhecido no meio jurídico, Paulo Gonet Branco assume a responsabilidade de liderar a PGR em um momento crucial para o país, em meio a desafios jurídicos e políticos. Com a confirmação de sua posse na próxima semana, o novo procurador-geral da República terá a missão de conduzir a PGR de forma independente e atuante, promovendo a justiça e a defesa dos interesses da sociedade brasileira.