Bairro em Maceió com risco de afundamento devido a mineração de sal-gema provoca desocupação e debate na Câmara dos Deputados.

Na próxima quarta-feira (20), a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados irá se reunir para discutir os impactos sociambientais causados pelo afundamento do solo em Maceió, Alagoas. A região da Lagoa Mundaú tem enfrentado problemas devido à mineração de sal-gema, amplamente utilizada na produção de itens como plástico e soda cáustica, que tem causado o cedimento do solo.

Em 2019, após o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) confirmar que a atividade de mineração provocou instabilidade no solo, a empresa Braskem anunciou o fechamento das minas. Desde então, cerca de 60 mil pessoas tiveram que ser realocadas. A situação continua sendo monitorada pela Defesa Civil de Maceió, que recentemente reportou um rompimento parcial na mina 18, sem ferir ninguém.

O debate marcado para as 10h30 no plenário 2 foi solicitado pelos deputados do Psol Ivan Valente (RJ) e Professora Luciene Cavalcante (SP), como forma de buscar soluções e discutir as ações necessárias para lidar com a situação. Em uma recente audiência na Câmara, o representante do Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Alagoas, Ricardo César de Barros Oliveira, admitiu que a Braskem nunca apresentou estudos de impacto ambiental e explicou que a empresa obteve o direito de explorar sal-gema na cidade em 1966, quando licenças ambientais não eram exigidas.

A situação em Maceió é um lembrete preocupante das consequências da exploração mineral desenfreada e da falta de regulamentação adequada. Os residentes afetados pela instabilidade do solo estão aguardando respostas e ações efetivas das autoridades para remediar a situação e garantir a segurança e o bem-estar da população local.

Mais informações sobre este assunto serão atualizadas em breve.

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