Segundo o professor Euler Sandeville, responsável pela criação do grupo, o surgimento do NEP teve origem após sua passagem por Jequitinhonha, município de Minas Gerais, onde conversou com pessoas que compartilharam suas experiências com a paisagem. Foi assim que ele confirmou sua ideia de que a paisagem é uma partilha a partir da vivência de cada um.
As ações do NEP se concentram em entender a realidade local de cada região e estabelecer conexões com os sistemas ambientais e a estrutura urbana, visando propor e construir soluções estratégicas e de monitoramento das condições básicas da qualidade de vida e das paisagens. Seguindo os princípios éticos e solidários da Espiral da Sensibilidade e do Conhecimento, o NEP valoriza o diálogo crítico e respeitoso entre as diferenças e busca a construção de relações sociais mais íntegras, justas e afetuosas.
Com projetos em três regiões de São Paulo, Heliópolis, Brasilândia e Atibaia, o NEP realiza ações colaborativas em parceria com escolas, coletivos, grupos de ação social e instituições públicas. Além disso, está desenvolvendo estudos sobre a fronteira oeste do Estado de São Paulo em relação a seus Estados vizinhos. De acordo com o professor Euler Sandeville, é necessário “existir uma forma de produção de conhecimento que não exclua a sensibilidade”, e os princípios da espiral permitirão que isso aconteça.
Dentre os projetos em andamento, destaca-se a parceria entre o NEP e a escola Emef Profª Philó Gonçalves dos Santos, localizada no distrito de Perus, para a criação de uma ecopraça, com o objetivo de transformar uma área não utilizada de mais de 14 mil metros quadrados em um espaço verde. Este projeto é de extrema importância para a região, visto que visa resgatar a herança cultural e histórica do local, servindo como um ponto de resistência e transformação social.
Para participar do NEP como pesquisador ou orientando, existem diferentes formas de ingresso, desde projetos de pesquisa em nível de iniciação científica até cursos de extensão. Além disso, o NEP oferece a possibilidade de participação no grupo de estudos e nas disciplinas que integram o núcleo de pesquisa, abertas para interessados internos e externos à USP. Com uma abordagem participativa e colaborativa, o NEP está em constante evolução e busca contribuir para uma melhor compreensão e valorização da paisagem em suas diversas manifestações.
