Ibovespa atinge alta histórica após sinalização de corte dos juros nos EUA e queda na taxa Selic no Brasil

Nesta quinta-feira, o mercado financeiro brasileiro desacelerou a alta, acompanhando a tendência de Nova York e após atingir um recorde histórico. O Ibovespa chegou a marcar 131.259,81 pontos, em uma alta de 1,39%, antes de ceder um pouco.

A desaceleração veio após a publicação de dados positivos da economia dos Estados Unidos, como o aumento de 0,3% nas vendas do varejo em novembro, e a queda de 19 mil pedidos de auxílio-desemprego na semana, indo na contramão das previsões. Esses dados refletiram nas ações dos índices futuros de ações de Nova York, que também diminuíram a elevação.

Além disso, a queda do minério de ferro na China não afetou os movimentos do mercado brasileiro, já que as ações da Vale, com maior peso no Ibovespa, avançaram cerca de 1,00%. O estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, ressaltou que o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou um possível corte dos juros americanos a partir de 2024, o que influenciou o mercado internacional.

Essa sinalização de Powell impactou positivamente os índices futuros de Nova York e as bolsas europeias, refletindo-se no mercado brasileiro, com a queda do dólar à vista e dos juros futuros. Vale destacar que o Ibovespa fechou o dia anterior com uma alta expressiva de 2,24%, indicando uma consistência no movimento de alta.

Apesar da fraqueza da atividade retratada nas vendas do varejo brasileiro de outubro, algumas ações ligadas ao consumo subiram. Isso pode aumentar a pressão sobre o Banco Central para acelerar o ritmo de queda da Selic, após a decisão de reduzi-la em 0,50 ponto porcentual.

Além disso, a agenda fiscal segue no radar, com a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 na Comissão Mista de Orçamento. A aprovação foi um ponto positivo para o mercado, que mantém as expectativas de um cenário favorável no futuro.

No momento, o Ibovespa estava subindo 1,02%, aos 130.782,35 pontos, com o dólar à vista em queda de 0,41%, a R$ 4,9002. As expectativas são sustentadas pela boa perspectiva dos mercados internacional e nacional, com as decisões do Fed e do Banco Central influenciando os investidores. A tendência é de um cenário promissor nos próximos meses, embora sujeito a volatilidades e incertezas.

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