CPI da Enel ouve diretores em depoimento e intima presidente para reunião de 2024 após polêmicas e cobranças dos legisladores.

Diretores da Enel são ouvidos em depoimento à CPI da Câmara

Na última reunião do ano da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel, realizada nesta quinta-feira (14/12), os vereadores ouviram o diretor de infraestrutura e redes da Enel, Vicenzo Ruotolo, e André Osvaldo dos Santos, diretor de mercado da empresa. A ausência do presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, foi notada, uma vez que ele foi convidado pela segunda vez a prestar depoimento à Comissão, mas não compareceu.

No início da reunião, o presidente da CPI, vereador João Jorge (PSDB), pediu a explicação dos diretores da Enel sobre a demora da empresa em resolver o problema elétrico que atingiu a capital no dia 3 de novembro. Ruotolo explicou que “eventos climáticos extremos” atingiram a cidade de São Paulo, provocando a queda de mais de 2 mil árvores sobre a rede elétrica. Além disso, destacou que, em 24h, cerca de 60% dos clientes tiveram sua energia restabelecida.

Os diretores apresentaram aos parlamentares os números referentes à infraestrutura utilizada na operação para regularização do serviço de energia no dia 3/11, detalhando como equipes de outros Estados foram convocadas para São Paulo. Também explicaram que mais de 5 mil funcionários estavam envolvidos na operação iniciada. Além disso, falaram dos investimentos que têm sido feitos pela empresa e do aumento da capacidade do call center.

Entretanto, os vereadores questionaram a redução de 36% no número de colaboradores da empresa em São Paulo nos últimos anos. O diretor de infraestrutura e redes da Enel, Vicenzo Ruotolo, afirmou que o corte da mão de obra não impactou na parte operacional da empresa, mas o vereador Jorge Wilson Filho (REPUBLICANOS) permaneceu insatisfeito com a explicação, ressaltando que o problema de atendimento não surgiu apenas no dia 3 de novembro.

Além disso, o líder do governo, vereador Fabio Riva (PSDB), cobrou mais agilidade na instalação elétrica dos projetos de Habitações de Interesse Social (HISs), construídos pela Prefeitura. Já a vereadora Elaine do Quilombo Periférico (PSOL) quis saber detalhes da relação que a Enel mantém com a Prefeitura sobre o manejo arbóreo. Vicenzo Ruotolo respondeu que este ano a Prefeitura realizou mais de 8,5 mil pedidos de poda para a Enel, e até agora quase 6 mil já foram atendidos.

A questão do ressarcimento pelos danos também foi abordada. Vicenzo Ruotolo explicou que a Enel gasta cerca de R$ 90 milhões por ano em compensações aos clientes que se sentem lesados. A reunião da CPI da Enel contou com a presença dos vereadores Ricardo Teixeira (UNIÃO), Thammy Miranda (PL) e Dr. Milton Ferreira (PODE).

Um dos requerimentos aprovados pela CPI é a intimação do presidente da Enel Distribuição São Paulo, Max Xavier Lins, para comparecer na reunião do colegiado marcada para o dia 8 de fevereiro de 2024. O presidente da CPI, vereador João Jorge, afirmou que a intimação se deu devido à insatisfação com algumas respostas dadas pelos diretores durante a reunião.

Em resumo, muitas questões foram levantadas durante a reunião da CPI da Enel, e os vereadores esperam obter mais esclarecimentos sobre o funcionamento e atuação da empresa na cidade de São Paulo.

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