Carnaval de São Paulo enfrenta desafios com altas temperaturas e medidas para evitar confrontos durante a festividade de 2024.

A preocupação com as altas temperaturas em São Paulo tem levado a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) a analisar como distribuir água aos foliões durante o Carnaval de rua. Isso ocorre em meio à previsão de uma nova onda de calor a partir desta quinta-feira (14) em todo o país.

Uma portaria vigente desde setembro determina que uma operação de contingência seja deflagrada quando os termômetros ou a sensação térmica na cidade ultrapassarem 32ºC. Tendas são montadas para oferecer kits de hidratação, bonés e alimentos à população de rua.

A oferta de água potável durante os desfiles é uma demanda dos organizadores dos blocos. Em nota, a Secretaria das Subprefeituras, responsável pela organização, afirmou que estuda como adaptar as medidas emergenciais ao Carnaval de rua.

O Carnaval de São Paulo terá 654 desfiles de rua nos oito dias de folia em 2024, com a participação de 590 blocos. O assunto se tornou prioridade após a morte de Ana Clara Benevides, 23, durante um show da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro, um mês antes. Ela sofreu uma parada cardiorrespiratória em um dia de forte calor no estádio Engenhão.

Além da distribuição de água, os gestores dos blocos exigem medidas para evitar confrontos entre foliões, Polícia Militar e a GCM (Guarda Civil Metropolitana), como ocorreu durante a dispersão de ao menos três blocos na região central da cidade no último Carnaval.

Para lidar com essa situação, o ouvidor das polícias, Cláudio da Silva, anunciou que seis integrantes do órgão irão acompanhar os desfiles que tiveram registro de violência policial para atuarem como mediadores. Também estão agendadas reuniões do ouvidor com o comando da Polícia Militar e com os batalhões das regiões que, segundo os blocos, têm histórico de embates durante o Carnaval.

Os organizadores também anunciaram a criação de uma cartilha com orientações sobre o que fazer em caso de violência no Carnaval. Além disso, foi elaborado um abaixo-assinado para pedir à gestão Nunes que estenda o horário de encerramento dos desfiles, autorizando a permanência dos blocos na rua até as 22h.

A Polícia Militar informou que vem realizando reuniões preparatórias “visando assim reduzir as intercorrências observadas no Carnaval de 2023” para evitar novos episódios de confronto no Carnaval de rua de 2024. A preocupação com a segurança e bem-estar dos foliões é uma pauta importante a ser levada em consideração neste momento.

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