Ao analisar a situação pessoal, percebi que a minha maior despesa, após o aluguel, está diretamente relacionada à saúde mental. Psicóloga, psiquiatra, remédios e outros tratamentos estão entre as minhas maiores despesas, tudo isso para lidar com questões que têm suas raízes em relacionamentos e interações sociais. É injusto que tenhamos que arcar com prejuízos financeiros e emocionais para reparar os estragos causados por uma sociedade opressora e relacionamentos que pouco ou nada contribuem para o nosso bem-estar.
Um exemplo gritante disso é o caso da apresentadora Patrícia Ramos, que denunciou o ex-companheiro por violência doméstica e estelionato sentimental. Este último é um tipo de violência que envolve manipulação emocional para aplicar golpes financeiros, prejudicando a vítima de forma significativa. Infelizmente, casos como o de Patrícia não são isolados, e a violência patrimonial tem crescido durante a pandemia, de acordo com um estudo realizado pelo Datafolha.
Além das dificuldades financeiras em lidar com relacionamentos tóxicos, mulheres famosas também têm sido vítimas da violência patrimonial. A apresentadora Ana Hickmann, por exemplo, enfrenta problemas financeiros decorrentes de sua relação com o marido, que administrava suas empresas. Casos como esse evidenciam como a violência patrimonial afeta a vida das pessoas, independentemente do status social.
O caso da cantora Lexa também é um exemplo de como relações passadas podem impactar a situação financeira das pessoas. Ela pode ser prejudicada por uma dívida de seu ex-marido, que pode resultar no bloqueio de seus rendimentos mensais.
A violência patrimonial, entendida como a retenção, subtração ou destruição de bens e recursos econômicos da vítima, pode ser enquadrada na Lei Maria da Penha. No entanto, muitos casos não são denunciados, o que evidencia a importância de conscientizar as pessoas sobre esse tipo de violência e encorajá-las a buscar ajuda.
Diante desse cenário, é importante que as vítimas de violência patrimonial saibam como proceder para denunciar e buscar assistência jurídica. A realização de Boletins de Ocorrência, a coleta de provas e a busca por assistência jurídica gratuita são passos importantes nesse processo.
O tema da violência patrimonial e do impacto financeiro e emocional das relações tóxicas é complexo e merece maior atenção da sociedade e das autoridades competentes. A conscientização sobre o tema e o apoio às vítimas são passos fundamentais para combater essa forma de violência que afeta inúmeras pessoas, independentemente de seu status social.