Os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) também revelaram uma redução na comparação com outubro de 2022, com uma queda de 0,4%. No entanto, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, os serviços apresentam altas de 3,1% e 3,6%, respectivamente.
Apesar dessas flutuações, os serviços ainda estão 10,2% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas 3,2% abaixo do volume recorde registrado em dezembro do ano passado. A pesquisa apontou que a queda dos serviços foi impulsionada por duas das cinco atividades pesquisadas: transportes (-2%) e serviços prestados às famílias (-2,1%).
O segmento de transportes foi fortemente impactado pela retração do transporte rodoviário de cargas devido à redução na expectativa da próxima safra. O pesquisador do IBGE, Luiz Almeida, explicou que a produção industrial também vem demonstrando menor dinamismo, com uma queda nos bens de consumo e bens de capital, o que impacta diretamente no setor de transporte de cargas.
Por outro lado, o recuo nos serviços prestados às famílias foi influenciado principalmente pela atividade de espetáculos, devido a um grande festival que ocorreu em setembro em São Paulo. Esse aumento em setembro elevou a base de comparação para outubro, causando a queda no setor.
Apesar das quedas, dois segmentos do setor de serviços apresentaram alta: profissionais, administrativos e complementares (1%) e informação e comunicação (0,3%). A pesquisa também revelou que em relação à receita nominal, os serviços caíram 0,1%, mas apresentaram crescimentos superiores a 3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Esses dados mostram que o setor de serviços ainda está passando por desafios e enfrentando instabilidades, refletindo os impactos da economia e das condições externas no Brasil. A recuperação do setor depende de uma série de fatores, incluindo o controle da pandemia, o avanço da vacinação e a retomada do consumo e da produção industrial.