A BP arrematou o Bloco Tupinambá com um lance de R$ 7,04 milhões, valor fixo determinado no edital, com um investimento previsto de R$ 360 milhões. O leilão ocorreu no Windsor Barra Hotel, no Rio de Janeiro.
O diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, comentou sobre a baixa participação das empresas, afirmando que é resultado da nova forma de analisar as áreas de exploração do pré-sal. Ele explicou que o encanto inicial de reservas vantajosas no pré-sal já não é mais o mesmo, e que o Polígono do Pré-Sal não é mais visto da mesma maneira.
Por se tratar de uma área do pré-sal, o contrato da petroleira com o governo será na modalidade de partilha, em que a produção de óleo excedente é dividida entre a empresa e a União. A BP Energy ofereceu 6,5% de excedente de óleo para a União, representando um ágio de 33,20% em cima do mínimo exigido.
Enquanto isso, a ANP também realizou o 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, arrecadando R$ 421,7 milhões no leilão de 33 setores com blocos exploratórios. Nesse formato, foram arrematados 192 blocos, correspondendo a uma área de 47,1 mil quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho do Espírito Santo. A Petrobras se destacou como uma das maiores vencedoras, arrematando 29 blocos na Bacia de Pelotas.
Os leilões fazem parte da oferta permanente, principal modalidade de licitação de blocos de exploração de petróleo e gás natural, que oferece uma oferta contínua de áreas exploratórias. Esse modelo é mais atrativo, em especial, para pequenas e médias empresas, permitindo que estudem os dados técnicos das áreas antes de fazer uma oferta, sem um prazo determinado pelo edital de uma rodada.
Desde que a exploração de petróleo no Brasil deixou de ser um monopólio da Petrobras, o país realizou 33 rodadas de licitações de campos de exploração, arrecadando R$ 148 bilhões em bônus de assinatura. Como resultado, o Brasil se tornou o nono maior produtor de petróleo e condensado, com a produção crescendo de 970 mil barris por dia para 3,5 milhões por dia.