Alfredo Cesar Martinho Leoni, nascido em Bauru (SP) e formado em direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1979, possui vasta experiência como diplomata. Ingressou no Instituto Rio Branco (IRBr) em 1980 e concluiu o curso de Altos Estudos da instituição em 2005. Entre 2009 e 2015, o indicado foi embaixador no Paquistão, no Afeganistão e no Tajiquistão, e posteriormente representou o Brasil na embaixada na Polônia até 2018. Atualmente, Leoni atua como chefe da assessoria de relações internacionais no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O comércio entre o Brasil e Omã tem sido significativo, totalizando mais de US$ 2,2 bilhões em 2022, com as exportações brasileiras representando cerca de US$ 1 bilhão. Os principais produtos brasileiros exportados para Omã incluem minério de ferro e carne de aves, enquanto o país importa adubos, fertilizantes, óleos e combustíveis. Durante sua sabatina, Alfredo Leoni destacou a importância da presença da indústria mineradora brasileira em Omã desde 2011, ressaltando que uma de suas prioridades será garantir o avanço das exportações de minérios e aves.
Além disso, Leoni apontou que pretende favorecer a expansão da Vale em Omã, com planos de facilitar a produção de pelotas verdes, um minério de ferro enriquecido com menos emissão de carbono. Ele também destacou a presença da Embraer no país asiático e ressaltou a importância da embaixada como facilitadora para a expansão dos negócios.
Sobre o Sultanato de Omã, Leoni ressaltou que o país segue um sistema de governo monarquista com parlamento bicameral e possui uma população de aproximadamente 4,8 milhões de pessoas, com mais de 40% de expatriados. As relações diplomáticas entre o Brasil e Omã tiveram início em 1974, com a criação da embaixada brasileira no sultanato, que foi instalada em Mascate, capital omani, em 2008.
A indicação de Alfredo Cesar Martinho Leoni para o cargo de embaixador no Sultanato de Omã representa um importante passo na relação bilateral entre os dois países, com foco no fortalecimento do comércio e no desenvolvimento de parcerias estratégicas. Agora, resta aguardar a avaliação do Plenário em relação a essa indicação.