Ministra do Meio Ambiente destaca a importância do texto final sobre combustíveis fósseis na COP28 para o combate à crise climática.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a importância do texto final sobre o futuro dos combustíveis fósseis para o sucesso da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que está em andamento em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Ela ressaltou que a métrica de sucesso da COP28 depende da linguagem em relação aos combustíveis fósseis e da viabilização dos meios para acelerar o uso de energias renováveis.

Marina Silva defendeu que qualquer resultado da COP28 que não considere uma linguagem clara sobre a questão dos combustíveis fósseis e a aceleração das energias renováveis seria insuficiente. Ela ressaltou que o Brasil rejeita a outra meta possível definida pelo Acordo de Paris, que cita uma temperatura “bem abaixo dos 2ºC”, e defende a compatibilidade do texto final com a meta de limitar o aquecimento da terra a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais.

Além disso, a delegação brasileira tem defendido que os países desenvolvidos liderem os esforços para reduzir a dependência das economias em relação ao petróleo, carvão e gás. Marina Silva também ressaltou que, pela primeira vez desde 1992, o tema dos combustíveis fósseis está sendo diretamente tratado em uma Conferência do Clima.

O terceiro rascunho do texto da COP divulgado excluiu a previsão de “eliminação” dos combustíveis fósseis e colocou no lugar a previsão de “substituição” dos fósseis por renováveis. Essa mudança ocorreu em meio a uma disputa entre os países pela linguagem que deve ser adotada no documento final. O documento preliminar divulgado também prevê uma responsabilidade maior para os países desenvolvidos, responsáveis históricos pela maior parte dos gases do efeito estufa.

Marina Silva defendeu a criação de um grupo de trabalho para elaborar as medidas que devem ser tomadas para aumentar o consumo de energias renováveis e reduzir as energias fósseis, caso o tema dos combustíveis fósseis seja incluído no documento final da COP28. O embaixador André Corrêa do Lago destacou que as propostas da COP28 sobre combustíveis fósseis devem ser adotadas de forma diferenciada por cada nação.

A ministra Marina Silva e o embaixador André Corrêa do Lago ressaltaram a importância de reduzir as emissões de gases do efeito estufa para combater a crise climática, que tem causado eventos extremos, como o calor excessivo, as secas prolongadas e as chuvas intensas. No Acordo de Paris, em 2015, 195 países se comprometeram a combater o aquecimento global, buscando preferencialmente limitá-lo a 1,5ºC acima dos níveis antes da revolução industrial.

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