O prefeito João Henrique Caldas (PL) afirmou que as informações sobre o rompimento estão sendo coletadas e serão compartilhadas assim que possível. Uma imagem divulgada pelo prefeito mostra o exato momento do rompimento, gerando uma grande movimentação na lagoa.
Apesar do colapso da mina, a Defesa Civil de Maceió ressaltou que a mina e suas redondezas estão desocupadas e que não há risco iminente para as pessoas. Entretanto, ainda não se sabe o tamanho da cratera formada pelo rompimento, mas a situação está diretamente relacionada com o afundamento do solo que atinge cinco bairros da capital alagoana.
Um monitoramento mais extenso da mina foi necessário após cinco abalos sentidos no mês de novembro. A área de risco de colapso tem um diâmetro estimado em 78 metros, sendo três vezes o raio da mina 18 e similar ao comprimento de uma piscina olímpica e meia.
A mina era utilizada pela Braskem para produção de sal gema, porém as operações foram interrompidas em 2019, devido aos primeiros sinais de afundamento do solo. A empresa está trabalhando para preencher as cavidades de 35 minas no local desde então.
Além disso, foi constatado que a velocidade de afundamento da mina 18 se acelerou, chegando a 0,54 cm por hora, com um movimento de 13 cm em 24 horas, de acordo com boletim emitido pela Defesa Civil. O rebaixamento da cavidade de onde era extraído sal gema já acumula 2,24 m.
Devido a esses eventos, o município de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias desde o dia 29 de novembro. O problema da mineração teve início em março de 2018 e, segundo o Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal, as atividades da Braskem em uma área de falha geológica foram as responsáveis pelo problema.
Mais de 60 mil pessoas dos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol foram realocadas para outros pontos da cidade desde o início dos problemas, afetando cerca de 20% do território de Maceió. A situação ainda não foi solucionada e continua a afetar a população e o meio ambiente local.
