As violações relatadas abrangem desrespeitos a direitos sociais, vida, liberdade, integridade e igualdade, incluindo casos de LGBTfobia. Entre os relatos, destaca-se o caso de Matheus Ferreyra, residente no Recife, que foi expulso de uma congregação por sua orientação sexual. Matheus cresceu como evangélico e, sob influência familiar, frequentou o templo da infância à maioridade. Ele relata que sua homossexualidade era notada por todos e que, por meio de orações, as pessoas suplicavam por uma cura, algo que ele também tentava alcançar. Seu pastor tentou arranjar uma companheira para ele e insistiu nesse relacionamento por seis meses, o que resultou na expulsão de Matheus da congregação.
Após receber denúncias, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania examina seu teor e a encaminha às autoridades competentes. No entanto, existem barreiras que impedem as vítimas de denunciarem, como o medo de julgamento no círculo religioso e no ambiente familiar. Para Gustavo Coutinho, da ABGLT, o verdadeiro problema é o fundamentalismo, e é importante incentivar expressões acolhedoras da fé.
O jornalista pôde conhecer a história da Igreja Cristã Contemporânea, que acolhe pessoas não heteronormativas e promove a aceitação. O pastor Marcos Gladstone, fundador da igreja, conta que vivenciou uma experiência penosa, sendo injuriado por ser homossexual em um templo. Ele ressalta a importância de viver a verdade e incentivar os seres humanos a mostrarem sua realidade. No entanto, ressalta que a esfera religiosa ainda é muito dura com os LGBTs, e histórias de sofrimento se multiplicam.
O texto também aponta como as violações de direitos humanos podem ser denunciadas, destacando o Disque 100 como um canal para atendimento via telefone, além do aplicativo Direitos Humanos Brasil, WhatsApp e Telegram como outras formas de buscar ajuda.