Os resultados revelaram que, no conjunto das 27 localidades, 5,9% dos entrevistados admitiram conduzir veículo motorizado após terem ingerido bebida alcoólica. Esses números variaram entre as cidades, com destaque para Palmas, onde 16% dos participantes mencionaram a combinação álcool e direção.
O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, Antonio Meira Júnior, apontou que as diferenças regionais podem estar relacionadas aos padrões de fiscalização em cada local. Estudos também indicam que as mulheres tendem a ser mais prudentes no trânsito.
Segundo a pesquisa, as maiores frequências de motoristas que afirmam ingerir bebida alcoólica foram registradas em Palmas, Teresina e Boa Vista. Enquanto as menores foram observadas em Recife, Natal e Porto Alegre. O médico também enfatizou que qualquer quantidade de álcool pode impactar na capacidade de percepção dos condutores, tornando o padrão seguro zero de álcool antes de dirigir.
Meira ainda ressaltou que o risco de envolvimento em um acidente fatal para condutores que ingerem uma ou duas doses de álcool chega a ser 4,6 vezes maior do que para motoristas sóbrios. Além disso, destacou que o consumo de álcool reduz a capacidade de percepção da velocidade e dos obstáculos, bem como diminui a autocrítica do condutor.
Para evitar essas situações, o presidente da Abramet recomendou que a decisão de não consumir álcool deve ser tomada antes de sair da garagem de casa, evitando assim a empolgação e o incentivo de terceiros para dirigir sob efeito de álcool.
O estudo aponta para a necessidade de políticas públicas efetivas de fiscalização e conscientização sobre os riscos do consumo de álcool antes de dirigir, visando a redução dos acidentes de trânsito e a preservação de vidas.