A homeopatia, apesar de envolta em controvérsias devido à falta de evidências científicas em seus tratamentos, continua sendo reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de Medicina e é adotada por parte da população.
O médico homeopata Hylton Luz é o responsável pela iniciativa da consulta pública e destaca que o tratamento está disponível em menos de duzentos municípios pelo SUS, o que representa um déficit democrático na saúde, de acordo com ele.
Recentemente, o tema da homeopatia gerou polêmica quando a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), e o jornalista Carlos Orsi, diretor da entidade, abordaram métodos considerados pseudociências ou crenças sem fundamento pela maioria da comunidade científica. Um capítulo da obra deles trata justamente da homeopatia.
Os autores afirmam que o objetivo não é desqualificar quem acredita em práticas sem comprovação, mas sim alertar para o impacto do marketing e da ausência de investimento em letramento científico e pensamento crítico na sociedade. Além da homeopatia, o livro também aborda temas como astrologia, constelação familiar, curas naturais e energéticas, acupuntura e psicanálise.
A discussão em torno da inclusão da homeopatia no SUS tem gerado bastante interesse e os resultados da consulta pública certamente serão acompanhados de perto por profissionais da saúde, pesquisadores e pela população em geral. A questão levanta debates sobre a importância de basear políticas de saúde pública em evidências científicas e o papel das práticas consideradas alternativas ou complementares.