“A meta é identificar o que precisamos fazer para minimizar o impacto do plástico devido ao descarte indiscriminado por pessoas e empresas, impactos que não são benéficos para a saúde humana, marinha e para o meio ambiente”, explicou Maria Inês Bruno Tavares, diretora do IMA, à Agência Brasil.
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas anualmente, e o Brasil é responsável por 2% dessa produção, totalizando 6,7 milhões de toneladas por ano. Enquanto o setor emprega mais de 340 mil brasileiros e fatura 117,5 bilhões de reais, o destaque dos impactos negativos no meio ambiente são motivo de preocupação.
O grupo do IMA já elaborou algumas sugestões, incluindo a substituição dos polímeros sintéticos por materiais biodegradáveis na cadeia produtiva. Além disso, a ideia é aumentar o uso de materiais recicláveis na composição de novos produtos e identificar todos os tipos de materiais que compõem as embalagens nos rótulos, facilitando o processo de reutilização e reciclagem.
Maria Inês também apontou que incentivar a reciclagem entre indústria e população é fundamental, e destacou a necessidade de ensinar os profissionais que fazem reciclagem a reconhecer as diferenças entre os materiais plásticos e seu potencial financeiro. Ela acredita que as empresas brasileiras que lidam com polímeros têm participado do esforço para a redução do uso de plástico.
O IMA também continuará suas ações nas escolas, iniciadas em 2009, por meio de programas de ensino sobre polímeros e suas características. O instituto promove a visita de estudantes de escolas públicas e privadas para conhecerem mais sobre o tema, recebendo em média 700 pessoas por dia durante esses eventos.
A missão de reduzir o impacto do plástico no meio ambiente é uma tarefa complexa, mas com ação conjunta da comunidade científica, do governo e da sociedade, o Brasil busca contribuir de maneira significativa para o Acordo Global de Plásticos das Nações Unidas.