O caso gira em torno da Taça das Bolinhas, um troféu que seria conferido ao clube que conquistasse o campeonato por três vezes consecutivas ou cinco vezes alternadamente. O Flamengo alega que o título do Brasileiro de 1987 não se confunde com o Troféu João Havelange, vencido no mesmo ano pelo clube, e que a conquista deste último deveria lhe garantir a Taça das Bolinhas.
Segundo os advogados do Flamengo, o regulamento do Brasileiro de 1987 previa que os campeões do módulo verde (Troféu João Havelange) jogariam contra os vencedores do módulo amarelo para definir o campeão daquele ano. O Flamengo venceu o módulo verde e, portanto, alega que deve ser declarado campeão e receber a Taça das Bolinhas.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) declarou o Flamengo como campeão de 1987 somente em 2011, mas essa decisão foi derrubada pela Justiça. A Primeira Turma do STF, em 2018, manteve o Sport como o único campeão e anulou a resolução da CBF.
Agora, a decisão de Dias Toffoli reafirma essa posição, argumentando que a Justiça Federal de Pernambuco declarou o Sport Clube Recife como o único e legítimo campeão do torneio brasileiro de futebol de 1987. Toffoli justifica que o STF reconheceu, de forma definitiva e por acórdão transitado em julgado em 16/3/2018, a sentença proferida pela justiça pernambucana.
Essa decisão mantém o Sport Clube Recife como o legítimo campeão do Campeonato Brasileiro de 1987, sem conceder a Taça das Bolinhas ao Flamengo. Dessa forma, a polêmica continua a pairar sobre essa questão, e o impasse entre as duas equipes parece estar longe de um desfecho definitivo.