Segundo a investigação, Binho Galinha é apontado como líder de uma milícia responsável por crimes de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, agiotagem e receptação qualificada. Além disso, foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, incluindo nas propriedades do deputado. A denúncia também incluiu outros 14 suspeitos, incluindo policiais militares ligados ao suposto braço armado da organização criminosa.
A Justiça acatou o pedido da Promotoria de bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados, além do sequestro de 26 imóveis, incluindo fazendas e veículos, e a suspensão das atividades econômicas de seis empresas ligadas ao grupo. De acordo com as investigações, a organização criminosa movimentou mais de R$ 100 milhões de reais nos últimos dez anos em contas bancárias pessoais e de empresas.
A operação contou com a atuação de aproximadamente 200 agentes públicos, entre policiais, delegados, promotores de Justiça e auditores fiscais. A organização criminosa supostamente liderada por Binho Galinha teria sido formada na década de 1990, após o assassinato de Oldair José da Silva Mascarenhas, conhecido como Dainho, o que teria dado ao grupo o monopólio do jogo do bicho na região de Feira de Santana.
Binho Galinha foi eleito deputado estadual em 2022, com Feira de Santana como sua principal base eleitoral, obtendo uma votação expressiva. Ele fez parte de uma aliança liderada por João Roma e, posteriormente, selou seu apoio ao hoje governador Jerônimo Rodrigues, em um encontro com a presença do então governador Rui Costa.
A defesa do deputado afirmou que irá se manifestar nas próximas horas. A situação de Binho Galinha coloca em xeque a conduta de figuras políticas e a relação entre poder e crime organizado. Este caso traz à tona questões importantíssimas sobre a integridade do sistema político e o combate à corrupção, que continuam sendo fundamentais para a construção de uma sociedade justa e transparente. A repercussão dessas acusações merece atenção e acompanhamento por parte da sociedade e das autoridades competentes.