O bairro do Pontal é separado do restante da cidade por quase 7 km de distância do Mutange, onde uma das minas da petroquímica Braskem corre o risco de colapsar. A Defesa Civil de Alagoas emitiu um alerta sobre o risco em questão, informando que o solo no local já afundou 1,92 metro desde o dia 20 de novembro.
Segundo Carmen Valéria Vianna de Sá, presidente da associação dos artesãos do Pontal, o movimento de clientes no bairro caiu cerca de 80% devido ao problema. A falta de perspectivas e a escassez de turistas têm impactado significativamente o comércio local.
A artesã Tereza Laura Oliveira Vianna, que faz parte da associação de rendeiras do Pontal, afirma que a situação difícil no bairro é agravada pela crise recente, que se intensificou ainda mais durante a pandemia de Covid-19. Ela relata que a falta de clientes tem prejudicado a venda de seus produtos e a subsistência de sua família.
O possível colapso da mina preocupa não apenas os moradores locais, mas também os turistas que questionam sobre o impacto da situação. No entanto, é importante ressaltar que o colapso da mina não afetaria a região turística do Pontal.
A questão do afundamento do solo em Maceió é um problema antigo, iniciado em março de 2018, e atribuído às atividades de mineração da Braskem. Este cenário tem gerado perguntas e preocupações por parte dos turistas, mas é preciso esclarecer que os pontos turísticos estão distantes dos locais afetados pelo problema.
Apesar das dificuldades enfrentadas no Pontal, outros pontos turísticos de Maceió, como a praia de Ponta Verde e de Pajuçara, pareciam estar com movimento normal para uma quarta-feira. Bares à beira-mar estavam cheios e os guarda-sóis e cadeiras ocupados próximo ao mar.
O impacto negativo da situação em andamento pode ser observado nas lojas do bairro, onde o movimento é tímido e os artesãos têm enfrentado quedas significativas em seus rendimentos.
A situação no Pontal, bairro histórico e artístico de Maceió, exige medidas que possibilitem o retorno do movimento turístico e a valorização do comércio local, que tem sido prejudicado não apenas pela situação recente, mas também pelas consequências da pandemia.