O fitoplâncton desempenha um papel fundamental nesse processo, transformando o CO2 em tecido orgânico por meio da fotossíntese. Quando o fitoplâncton morre, parte dele se transforma em “neve marinha” e afunda até o fundo do oceano. É lá que a absorção de carbono continua, por longos períodos de tempo.
Para medir esses fluxos de “neve marinha”, os pesquisadores recorreram a dados existentes de concentração de carbono no oceano medidos por navios oceanográficos. Além disso, uma simulação digital foi utilizada para reconstruir os fluxos globais e regionais onde não havia medição direta dos fluxos.
O resultado dessa pesquisa destaca a importância da preservação da biodiversidade para garantir o processo de absorção biológica de carbono. O pesquisador Frédéric Le Moigne do CNRS ressalta que a descoberta reforça o papel da biologia dos oceanos na absorção de carbono a longo prazo.
No entanto, ele também adverte que o aquecimento global poderia fragilizar esse processo de absorção biológica. Atualmente, estima-se que o oceano absorva cerca de 30% do carbono liberado na atmosfera pela atividade humana, principalmente nos mares polares.
Essa descoberta pode ter impactos significativos na forma como entendemos e abordamos as mudanças climáticas e a importância da preservação do oceano e sua biodiversidade. Compreender melhor a capacidade do oceano de absorver o carbono pode levar a novas estratégias na luta contra o aquecimento global e na preservação do meio ambiente.
Portanto, é crucial que essa pesquisa seja difundida e que seja dada a devida atenção às descobertas que apontam para a importância do oceano na luta contra as mudanças climáticas. A preservação dos oceanos e de suas espécies continua sendo uma das chaves para garantir o equilíbrio ambiental em nosso planeta.