As equipes também tiveram duas viaturas atingidas por disparos, o que levou a equipe da Funai a se esconder na mata até a chegada do resgate. Finalmente, por volta das 19h40, a equipe de resgate conseguiu localizar todos os integrantes das equipes, que retornaram em segurança para a base, segundo as informações do governo.
A Secretaria de Comunicação afirmou que os ataques não foram casos isolados, já que as equipes têm enfrentado emboscadas e sabotagens recorrentes por parte dos invasores da terra indígena. Além disso, a situação se agrava com evidências de placas recém-instaladas que identificavam a Terra Indígena Apyterewa sendo alvejadas por tiros e depois removidas em tentativas de intimidação durante o processo de desintrusão.
De acordo com a nota do governo, os invasores têm empregado técnicas de sabotagem, incluindo a destruição de pontes, derrubada de árvores nas estradas e utilização de pregos para danificar viaturas. Além disso, já foram realizadas 681 vistorias a áreas irregulares, resultando na desocupação de 524 estruturas, das quais 217 já foram inutilizadas em cumprimento a determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) e da Justiça Federal. As famílias afetadas estão sendo cadastradas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para avaliação quanto à inclusão em programas sociais e assentamentos.
Este não é o primeiro incidente envolvendo as equipes encarregadas da desintrusão da Terra Indígena Apyterewa, e a situação destaca a tensão e a violência que muitas vezes acompanham os processos de retirada de invasores de territórios protegidos. O Governo Federal, por meio da Secretaria de Comunicação, afirma que está buscando soluções para garantir a segurança das equipes envolvidas e a integridade da Terra Indígena Apyterewa.