A vítima foi identificada como Tiê Rocha de Sousa Oliveira, um homem trans morador da capital cearense. O vídeo, divulgado pelo jornal cearense O Povo, mostra Tiê se aproximando de Ciro e o provocando, questionando como o político rouba a população sem ser preso. Em resposta, Ciro rebate afirmando que quem sabe dessa prática é bandido, e não ele.
O homem insiste em chamar Ciro de bandido, o que resulta no político dando um tapa em seu rosto. No vídeo, não é possível ver o momento exato da agressão devido ao movimento do celular. Após o tapa, Tiê questiona se Ciro é racista e o político afirma que o fez para ele aprender a respeitá-lo.
Segundo a Polícia Civil, um boletim de ocorrência foi registrado no domingo por uma pessoa de 31 anos, e o caso está sendo investigado. Tiê é descrito em uma biografia da prefeitura de Maracanaú como sertanejo, juremeiro, artivista lesbotransfeminista, ambientalista e antirracista. Ele é percussionista em diversos grupos e, apesar de ter circulado a informação de que seria filiado ao PSOL e concorreria a vereador, ambos os fatos foram negados pelo próprio Tiê.
Além disso, o partido emitiu uma nota pública negando qualquer filiação do jovem agredido. Na nota, o partido também repudiou qualquer tipo de agressão, seja ela verbal, psicológica ou física, motivada por questões de classe, gênero, orientação sexual, raça, física ou outra.
O incidente provocou repercussão nas redes sociais, reacendendo debates sobre o comportamento de políticos e figuras públicas em situações de conflito. Até o momento, Ciro Gomes não se manifestou publicamente sobre o ocorrido, e o caso ainda está em aberto, aguardando a investigação da polícia.
