Afundamento em mina de sal-gema da Braskem em Maceió cai para 0,26 cm por hora, mas desastre ambiental persiste.

Na última segunda-feira (4), o ritmo de afundamento na região de uma mina de sal-gema da Braskem em Maceió voltou a registrar queda, apesar de ainda se manter a 0,26 cm por hora. Desde o início do monitoramento intensivo em 28 de novembro, o solo no local afundou 1,80 metro, gerando um risco iminente de colapso.

A Braskem, responsável pelo maior desastre ambiental urbano do país, causado pela operação de extração de sal-gema, afirmou estar “comprometida com um trabalho de mais de quatro anos” para realocar e compensar as famílias atingidas. No entanto, o CEO Roberto Bischoff afirmou que “situações políticas” vêm distorcendo informações sobre o caso, sem especificar o que ou como.

A situação na região próxima da mina 18, no bairro de Bom Parto, tem se deteriorado e se transformado em uma vizinhança fantasma, com comércio e serviços fechados, falta de água e invasão de ratos. De acordo com a Braskem, outras áreas críticas também estão esvaziadas desde 2020. O desastre já afeta 20% do território da capital alagoana e já deslocou 60 mil pessoas.

O jornalista Josué Seixas relata em seu podcast Café da Manhã o impacto do desastre na vida dos moradores de Maceió, bem como o trauma que ele causa à cidade. O programa conta também com a participação de Edilson Pizzato, professor do Instituto de Geociências da USP, que explica a extração de sal-gema e discute como empresas costumam agir diante de desastres em comunidades onde atuam.

O Café da Manhã é publicado diariamente no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha, e apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon. É possível acessar gratuitamente por meio do aplicativo, proporcionando um olhar mais aprofundado sobre as questões relacionadas ao desastre ambiental em Maceió.

Diante da gravidade do desastre e suas consequências para a população de Maceió, é fundamental que as autoridades competentes e a empresa responsável tomem medidas urgentes para remediar os danos causados e amparar as famílias afetadas pela situação. O monitoramento contínuo e a divulgação de informações transparentes são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar das comunidades impactadas.

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