A implantação do 5G requer um número consideravelmente maior de antenas em comparação com o 4G, com equipamentos posicionados mais próximos um do outro em diversos locais, como semáforos e fachadas de imóveis. Para que isso seja possível, as cidades precisam atualizar a chamada “lei das antenas”, que determina onde os novos equipamentos serão instalados. Além disso, a realização de uma “limpeza de faixa” é necessária, incluindo a substituição das antenas de TV parabólicas tradicionais por digitais, a fim de evitar interferências com o sinal do 5G.
A InvestSP, agência de promoção de investimentos vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, lançou o programa TecnoCidades em abril para mobilizar gestores locais de todo o Estado a acelerar a atualização das leis das antenas e a troca das parabólicas. O objetivo é preparar as cidades para a chegada do 5G e torná-las atrativas para investimentos privados.
O processo para a chegada do 5G nas demais cidades paulistas inclui etapas como a liberação da Anatel, a atualização da “lei das antenas” e a limpeza de faixa. A substituição das antenas pode ser feita gratuitamente pelo Siga Antenado, organização sem fins lucrativos criada pelas operadoras que conquistaram a concessão do 5G.
Após a liberação da Anatel, a troca das parabólicas e a atualização da “lei das antenas”, cabe às operadoras investir na infraestrutura necessária para oferecer o serviço, o que marca a chegada da internet 5G ao usuário final. As decisões das empresas sobre onde ativar o 5G são baseadas em questões comerciais e no cronograma da Anatel, mas a antecipação dos passos anteriores pode favorecer a ativação mais rápida do serviço. No entanto, é importante destacar que a ativação do 5G em municípios que não cumpriram todas as etapas pode resultar em um alcance e qualidade limitados do sinal.