Os policiais envolvidos na ocorrência tiveram suas armas apreendidas para perícia e prestaram depoimento na última segunda-feira (4). Segundo a Polícia Militar, a ação policial foi uma intervenção em um confronto entre milicianos e traficantes no morro do Avião.
Durante o enterro da jovem, sua mãe, Michele Cristovam, acusou um policial do serviço reservado da corporação de ter efetuado o disparo que vitimou sua filha. Ela questionou a conduta dos policiais e afirmou que a jovem não teve chance de sobreviver. A corporação informou que a corregedoria da Polícia Militar instaurou um procedimento para averiguar a ação policial.
No Instituto Médico Legal (IML), parentes do suspeito morto durante a ação policial afirmaram que o mesmo integrava a milícia da região e cobrava taxas dos comerciantes. Com a chegada dos policiais, ele teria corrido para o morro do Avião, local controlado pelo tráfico, iniciando o tiroteio.
As investigações sobre o caso estão em andamento na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. Segundo a ONG Rio de Paz, a morte de Milene Cristovam representa o 13º caso de vítimas de até 14 anos mortas por armas de fogo somente no ano de 2023, a maioria delas vítimas de balas perdidas.
Este incidente chocante evidencia a violência que assola as comunidades do Rio de Janeiro, onde jovens inocentes acabam sendo vítimas de confrontos entre grupos criminosos e a atuação policial. A população clama por respostas e justiça, enquanto a violência armada continua a ceifar vidas inocentes nas comunidades cariocas.