Em Diadema, o atual prefeito José de Filippi Jr. (PT) diversificou suas postagens nas redes sociais. Além dos vídeos que buscam divulgar os feitos da gestão, memes e publicações com integrantes do Governo Federal viraram algo constante. Por outro lado, o seu principal adversário, Taka Yamauchi (MDB), aposta em mensagens de motivação e em um podcast, comentando sobre o cenário na cidade, principalmente com aliados.
O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), mistura suas postagens com ações em Brasília e um podcast. Enquanto isso, o deputado estadual Atila Jacomussi (SD) também aposta em postagens sobre suas fiscalizações na cidade e transmissões ao vivo para falar sobre o que pensa. Já o grupo de Juiz João e Clovis Volpi (ambos do PSD) apostam em encontros presenciais e reuniões nos bastidores.
Em Ribeirão Pires, o prefeito Guto Volpi (PL) e Gabriel Roncon (Cidadania) aumentam suas publicações, com trocas de farpas, algo que sempre ocorre em períodos pré-eleitorais. Enquanto isso, em São Bernardo, o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT) e o deputado federal Alex Manente (Cidadania) dividem-se em postagens sobre seus mandatos e aquelas que falam sobre a cidade. Marcelo Lima (PSB) intensificou suas publicações sobre o município após perder a cadeira na Câmara dos Deputados.
Nas demais cidades, as interações contam com aspectos mais próximos da normalidade. Entretanto, os pré-candidatos ainda estão se movimentando em prol de seus nomes como os casos de Tite Campanella (Cidadania) e Fabio Palacio (Podemos) em São Caetano, e a prefeita Penha Fumagalli (PSD), Akira Auriani (PSB) e Marcelo Akira (Podemos) em Rio Grande da Serra. Em Santo André, a indefinição sobre os nomes ajuda a reduzir o número de publicações.
De acordo com o cientista político Nilton Tristão, as redes sociais devem ser entendidas como a extensão identitária do indivíduo, fundamentada nos princípios do engajamento e interação, organizados por uma arquitetura algorítmica. A partir deste cenário, a busca por relações interpessoais foi preterida por conexões estabelecidas através do ciberespaço.
No campo eleitoral, essa ferramenta possibilita que o candidato deixe de confabular com centenas e passe a dialogar com milhares de sufragistas. Além disso, forma nichos de apoiadores e constrói comunidades baseadas em afinidades. O debate ruidoso sobre posicionamento ideológico retornou à agenda política nacional, graças a mecanismos como Whatsapp, Instagram e Facebook.
Os candidatos e estrategistas perceberam a força deste meio e as suas enormes vantagens para potencializar a exposição do projeto eleitoral. Em tempos passados, onde a aparição em programas televisivos era o elemento mais importante para qualquer postulação, hoje, esse universo foi ocupado pelo tráfego pago.