Lula destacou a importância de priorizar o diálogo e a busca por uma solução diplomática para a controvérsia, em vez de recorrer a conflitos armados. Ele expressou sua esperança de que Venezuela e Guiana ajam com responsabilidade e inteligência para resolver a disputa territorial, ressaltando que é fundamental trabalhar para melhorar a vida da população, em vez de se envolver em conflitos desnecessários.
A Venezuela está promovendo um referendo popular para consultar a população sobre a anexação de Essequibo, região reivindicada pelo país desde o século XIX. O referendo provocou preocupação no Brasil, que aumentou a presença militar em suas fronteiras com os dois países devido à tensão crescente. A Guiana tem o controle efetivo da região desde a demarcação da fronteira em 1905, enquanto a Venezuela defende que o limite deveria ser o rio Essequibo.
A disputa pela região em questão inclui parte do campo de Stabroek, com reservas estimadas em cerca de 11 bilhões de barris de petróleo, explorada em parceria com empresas como a ExxonMobil e a CNOOC. A questão está sendo analisada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ) em Haia, por orientação da ONU, mas a Venezuela não reconhece a jurisdição do tribunal sobre o tema.
Essa questão territorial tem gerado tensão na região, com a Venezuela insistindo no Acordo de Genebra de 1966 como o único instrumento válido para resolver a controvérsia. O Brasil e outros países acompanharam de perto esse conflito, expressando preocupação com a possibilidade de uma escalada de hostilidades na região. A busca por uma solução pacífica e diplomática foi enfatizada como a melhor forma de resolver a disputa entre os dois países.