Geraldo Aroldo de Queiroz: da roça de Minas à coordenação da CET de São Paulo, um traço forte dele era nunca reclamar de trabalhar aos finais de semana.

No pequeno distrito de Terra Branca, município de Bocaiúva, no norte de Minas Gerais, nasceu Geraldo Aroldo de Queiroz, o décimo dos 15 filhos do casal Sebastião e Vitorina. Sua vida foi marcada por desafios desde a infância, quando começou a ajudar nos trabalhos na roça para o sustento da família. Aos 14 anos, diante das dificuldades enfrentadas na lavoura, a família decidiu se mudar para São Paulo, buscando novas oportunidades.

Na capital paulista, Geraldo trabalhou como empacotador em um supermercado e, com o tempo, foi promovido a supervisor de caixa. Anos depois, em 1989, passou em um concurso na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e seguiu uma carreira sólida na empresa.

Formado em economia pela Faculdade Oswaldo Cruz, Geraldo dedicou 34 anos de sua vida à coordenação dos eventos realizados no centro e na zona norte de São Paulo. Ele era responsável pelo planejamento de bloqueios de trânsito em casos de corridas de rua, shows ou estacionamento de guindastes para obras na cidade.

Além de seu comprometimento profissional, Geraldo era reconhecido por sua personalidade amigável e bem-humorada. Sempre demonstrou disposição para ajudar e consolar, além de nunca reclamar de trabalhar aos finais de semana.

Casado com Gilda por 26 anos, Geraldo era pai de Daniel, de 25 anos, e costumava relaxar após um dia de trabalho com uma cerveja ou cachacinha, enquanto acompanhava os jogos de seu time, o Cruzeiro. Demonstrava uma postura otimista mesmo em momentos difíceis, e sempre buscava olhar para o lado positivo das situações.

Em março deste ano, tornou-se voluntário do Incor (Instituto do Coração) para participar de um estudo sobre um aparelho para exercitar o coração enfraquecido pela doença de Chagas. Infelizmente, aos 58 anos, um infarto abreviou sua vida, interrompendo sua participação no estudo.

Deixa para trás sua esposa, filho, 11 irmãos e dezenas de sobrinhos e amigos. Descrito como um excelente marido, pai e amigo por sua família, Geraldo será sempre lembrado como alguém que valorizava a felicidade e a gratidão pela vida.

Seu filho, Daniel, ressalta que, apesar de religioso, seu pai acreditava que a vida deveria ser vivida com alegria e prazer, como se estivesse experimentando o céu aqui na terra.

A coluna Obituário da Folha lamenta a perda de Geraldo Aroldo de Queiroz e presta suas condolências à família enlutada. Com informações detalhadas sobre anúncios de mortes e missas, a Folha tem se solidarizado com a comunidade diante de momentos difíceis como este.

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