De acordo com o professor de Relações Internacionais da UERJ, Williams Gonçalves, a Venezuela poderia buscar apoio de grandes potências estrangeiras em caso de um conflito, devido à importância dos recursos petrolíferos em questão. A situação econômica da Guiana, que teve o maior crescimento econômico no mundo em 2022, é um dos fatores que eleva a tensão na região.
A professora Mariana Kalil, da Escola Superior de Guerra, acredita que a postura da Venezuela é influenciada por questões políticas internas. Ela ressalta que a comunidade internacional poderia se mobilizar para evitar um conflito militar, mesmo com a aprovação do referendo.
As mudanças políticas na Guiana e a crescente desconfiança do governo venezuelano com o vizinho aumentaram a tensão na região. Kalil destaca que o Brasil poderia desempenhar um papel fundamental como mediador de conflitos na Venezuela, devido à sua credibilidade com o regime bolivariano.
O professor William Gonçalves concorda com a importância do Brasil como mediador e acredita que o país tem interesse em evitar um conflito na região. O Ministério da Defesa brasileiro informou que tem intensificado suas ações na fronteira norte do país, enquanto o Ministério das Relações Exteriores defende uma solução pacífica para a controvérsia entre Venezuela e Guiana.
Diante de um cenário incerto e de potencial instabilidade na América do Sul, a atuação do Brasil e de outros países na região será crucial para evitar um conflito que poderia ter repercussões devastadoras para todos os envolvidos. A paz na região é o melhor caminho a ser seguido, e a diplomacia e mediação podem desempenhar um papel fundamental na resolução dessa crise em potencial.