O solo da mina, localizada no bairro do Mutange, vem afundando a uma velocidade preocupante. No entanto, nas últimas 24 horas, a taxa de afundamento diminuiu, passando de 5 para 0,7 centímetros por hora. O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, também conhecido como JHC, relatou que há uma tendência de diminuição de afundamento na região, mas que ainda é impossível prever a estabilização do solo.
Como medida de precaução, a Defesa Civil realocou os moradores de 23 imóveis que estavam localizados próximos à área de risco. A empresa Braskem informou que 100% dos imóveis situados dentro das áreas delimitadas pelos mapas de risco foram desocupados. Os indícios de colapso iminente da mina foram intensificados por um novo tremor de terra, registrado no sábado, com magnitude de 0,89, que foi ainda mais forte que o tremor anterior, de magnitude 0,39.
Apesar das preocupações e do risco iminente, especialistas e autoridades locais tentam acalmar a população, afirmando que, caso haja um desabamento, não será tão grave quanto o esperado. O coronel Moisés Melo, coordenador da Defesa Civil de Alagoas, disse que, embora haja a possibilidade de surgir uma cratera devido ao colapso, ela será preenchida pela água da Lagoa Mundaú e que não será gerado nenhum terremoto ou tsunami.
A situação tem gerado um embate político entre diferentes grupos, incluindo o governo federal e autoridades locais. O embate ficou evidente em relação às medidas de atendimento aos moradores afetados, gerando tensões entre figuras políticas influentes no estado. Enquanto isso, a população de Maceió vive em constante apreensão devido à possibilidade iminente de um desastre decorrente do colapso da mina. As autoridades seguem em alerta máximo e mantêm recomendações para que a população evite transitar na área desocupada. O desfecho desse complexo cenário continua incerto, e muitos aguardam por novas atualizações e medidas preventivas.