Didi foi um caminhoneiro pioneiro por 50 anos, vendo o crescimento do sistema viário brasileiro durante os anos da ditadura militar. Ele ajudou a construir a história do Brasil, apesar de nunca ter ocupado os espaços de poder que definiam a lógica violenta daquele período.
Seu filho, autor do livro “O que é meu”, lançado neste ano pela editora Fósforo, que compartilhou sua história de vida e experiências ao longo das últimas oito décadas. Didi planejava comemorar seus 80 anos com um grande churrasco, uma de suas especialidades culinárias.
Apesar de sua saúde debilitada, Didi sempre se esforçava para preparar os pratos perfeitos para as visitas, demonstrando sua paixão pela cozinha. Até seus últimos dias, ele se empenhava em encontrar os ingredientes ideais para suas receitas.
Mesmo no leito de morte, Didi brindou sua esposa com uma deliciosa polenta com molho à bolonhesa, antes de falecer no domingo passado. Seu enterro foi seguido por muitos amigos e familiares, além de três velhos caminhoneiros que relembraram as histórias e o amor de Didi.
Ele também deixa um legado de sobrevivência e resiliência, mesmo diante das adversidades da vida. Sua história e sua contribuição para a sociedade brasileira não serão esquecidas. A morte de José Bortoluci, o Didi, deixa um vazio na comunidade e nos corações daqueles que o conheceram. Um homem que viveu intensamente, encontrando alegria nas pequenas coisas da vida, e que deixará saudades em todos que o amaram.