Durante uma reunião com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, Lula elogiou o papel diplomático do país árabe, especialmente na mediação do conflito Israel-Palestina e na libertação de reféns, incluindo brasileiros, na Faixa de Gaza. Ele mencionou que ainda há brasileiros mantidos como reféns na região, citando um caso específico de um brasileiro não identificado que poderá ser liberado em breve.
Lula também abordou sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, onde apresentou a proposta brasileira de criação de um fundo permanente para financiar florestas tropicais. Ele ressaltou a importância de manter as florestas em pé e promover a recuperação de terras degradadas no Brasil. Segundo o presidente, o país possui mais de 40 milhões de hectares de terras degradadas que podem ser recuperadas, não apenas para produção de alimentos, mas também para a restauração da cobertura florestal.
Ao falar sobre um possível acordo com países ricos no contexto da COP28, Lula expressou ceticismo sobre a efetividade de tais acordos, enfatizando a necessidade de decisões corajosas e rápidas por parte das lideranças políticas para combater as mudanças climáticas. Ele criticou a falta de cumprimento de acordos anteriores, citando o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris.
O presidente também alertou para os impactos das mudanças climáticas já visíveis no Brasil, incluindo enchentes, secas e outros eventos extremos. Ele encerrou a entrevista enfatizando a importância da ação coletiva e da governança global para lidar com as emergências climáticas atuais.
Em resumo, a entrevista coletiva de Lula no Catar abordou questões importantes relacionadas à geopolítica, relações comerciais, mediação diplomática, mudanças climáticas e cooperação global para enfrentar os desafios ambientais.