Diante da situação, a Enel anunciou que parte dos clientes afetados terão isenção da cobrança por três meses. O benefício será concedido para clientes de baixa renda cadastrados no benefício da tarifa social de energia elétrica que ficaram mais de 48 horas sem energia. Além disso, os consumidores classificados como eletrodependentes, ou seja, aqueles que dependem de equipamentos elétricos para sobreviver e que foram previamente cadastrados na distribuidora, também terão direito à isenção na conta de energia a partir de dezembro.
Porém, a isenção nas contas de energia vale apenas para os clientes cadastrados nessas categorias antes da data da chuva e dos ventos que causaram o apagão. A concessionária também mencionou que, caso esses clientes tenham débitos anteriores com a distribuidora, até três contas atrasadas serão abonadas em substituição à isenção.
Em entrevista à Folha, o então presidente da Enel, Nicola Cotugno, afirmou que a empresa não precisava se desculpar pelo ocorrido, pois foi algo “excepcional” e o “vento foi absurdo”. Posteriormente, ele se desculpou, explicando que a palavra “desculpar-se” em italiano pode ser interpretada de forma diferente e que ele não queria eximir-se de responsabilidades.
Diante dos transtornos causados pelo apagão, a Enel enfrenta um grande desafio em restaurar a confiança de seus clientes e garantir a estabilidade do fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo. A medida de isenção na cobrança de energia para alguns consumidores afetados é um passo importante nesse processo, mas a empresa precisará continuar aprimorando seu serviço para evitar que eventos como esse voltem a acontecer.
