A tarifa de R$ 4,40 está congelada desde janeiro de 2020, apesar da inflação no período ter sido de 26%, chegando a R$ 5,55. De acordo com a SPTrans, o custo real de uma passagem seria de R$ 8,71, levando em consideração gastos com frota, manutenção, combustível, mão de obra e infraestrutura dos terminais. Enquanto isso, a NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos) apontou que o valor médio nacional da tarifa é de R$ 4,60, devendo subir para R$ 4,90 devido ao veto do presidente Lula à manutenção da desoneração da folha de pagamento.
A gestão de Ricardo Nunes desembolsou R$ 5,3 bilhões em subsídios para as empresas de ônibus até o início de novembro, enquanto o governo estadual não informou o valor repassado para o metrô e trens. A proposta de orçamento do Executivo municipal para 2024 prevê um gasto de R$ 5,1 bilhões com o subsídio.
Tarcísio tem mostrado incômodo com o fato de o Metrô ser deficitário, acumulando um prejuízo de R$ 651 milhões no primeiro semestre deste ano. Enquanto isso, Nunes tem resistido às pressões pelo reajuste da tarifa, buscando alternativas para sustentar a ideia da tarifa zero para os ônibus. No entanto, Tarcísio é contrário à proposta de tarifa zero, considerando-a como algo que “não se sustenta”.
Com o fim da pandemia, o transporte público ainda não alcançou o público de antes, com a média de passageiros sendo significativamente menor em comparação a 2019. Enquanto isso, o subsídio pago pela Prefeitura de São Paulo às empresas para mitigar prejuízos com tarifa e gratuidades disparou, chegando a R$ 5,3 milhões até novembro. Esses valores cobrem embarques de idosos, estudantes e pessoas com deficiência, mas também contribuem para o aumento dos gastos públicos.
Diante desse cenário, fica evidente a tensão entre as diferentes visões sobre o reajuste da tarifa do transporte público em São Paulo, representando um desafio para as autoridades governamentais conciliarem interesses e encontrarem soluções para garantir a sustentabilidade e eficiência do sistema.