Governador de São Paulo critica greve dos metroviários e ferroviários em entrevista à âncora da CNN Raquel Landim

Em uma entrevista exclusiva à âncora da CNN Raquel Landim, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou sobre a greve dos metroviários e ferroviários que paralisou a capital paulista nesta terça-feira (28). Em suas declarações, Tarcísio voltou a criticar a greve, afirmando que o principal objetivo dos sindicatos é “desgastar o governo”.

Segundo o governador, a greve não representa a classe dos metroviários como um todo, mas sim o sindicato, e que os trabalhadores que realmente têm amor pelo transporte e pelo trabalho não estão representados nessa paralisação. Ele enfatizou que a greve não tem uma pauta clara e que a única consequência dela é prejudicar a população. Tarcísio ainda classificou a greve como um ato de indisciplina e insubordinação.

Sobre as acusações de assédio moral devido à convocação nominal dos funcionários, o governador minimizou a situação, afirmando que não há assédio e que a escala de serviço é rotineira. Ele reforçou que a convocação está alinhada com a decisão judicial, e que os grevistas estão ignorando o que foi determinado pelo Judiciário.

Em relação às propostas de privatização do sistema metro-ferroviário, Tarcísio revelou que há um estudo avançado para desestatizar as linhas da CPTM, e que pelo menos três grupos – dois brasileiros e um espanhol – têm interesse no leilão. A expectativa é que as linhas sejam colocadas à venda até 2025.

Quanto às mudanças no metrô, o governador explicou que o processo está menos avançado, mas que a equipe está avaliando as empresas interessadas em privatizar o serviço. Atualmente, quatro linhas do sistema metro-ferroviário já são concedidas à iniciativa privada, sendo duas de trem e duas de metrô.

A CNN entrou em contato com os sindicatos citados para obter um posicionamento a respeito das declarações do governador, mas até o momento não obteve resposta.

A greve dos metroviários e ferroviários continua provocando debates e tensões na capital paulista, e o posicionamento do governo de São Paulo em relação à privatização das linhas do sistema metro-ferroviário se torna um tema importante para o futuro do transporte público na região.

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