Prates enfatizou a importância de esclarecer que o presidente possui um papel consciente nessa questão e que não teria efeito chegar diretamente a ele para tratar de questões relativas aos preços dos combustíveis. Ele ressaltou ainda que conversa com o presidente Lula a cada duas semanas para discutir o cenário e o comportamento dos preços internacionais.
O presidente da Petrobras elogiou a mudança na política de preços da empresa, que abandonou a política de paridade de importação (PPI) implantada durante o governo Michel Temer e que os preços dos combustíveis já não são reajustados em tempo real e em dólar. Ele ainda destacou que, no atual governo, uma das prioridades é “abrasileirar” os preços, ou seja, trazer para a política de precificação os fatores nacionais e os componentes que fazem parte da estrutura da empresa.
Durante a reunião em Brasília, segundo Prates, o presidente Lula não interferiu na elaboração do plano estratégico da Petrobras, que prevê investimentos de US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos. Prates também reforçou que não se sente ameaçado no cargo e que foi indicado pelo próprio presidente Lula para assumir a presidência da Petrobras.
Essas declarações de Prates surgem em meio a polêmicas sobre a política de preços dos combustíveis e possíveis interferências no setor. Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, usou as redes sociais para defender uma redução nos preços e pedir mais clareza por parte da Petrobras.
Diante desse panorama, as declarações de Prates são vistas como uma tentativa de esclarecer a posição da Petrobras em relação aos preços dos combustíveis e a relação da empresa com o governo Lula. A transparência sobre a política de preços e a independência da Petrobras tornam-se fundamentais diante das pressões existentes no governo e nos setores relacionados aos combustíveis.