Durante a conversa, os participantes abordaram as consequências da sobreposição forçada das estruturas e vias urbanas sobre a malha hidrográfica da cidade de São Paulo. Eles também propuseram alternativas sustentáveis para a preservação dos cursos d’água e o escoamento das águas das chuvas.
Natalia Chaves, integrante da Frente Parlamentar e presidida pela vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), destacou a importância de proteger as nascentes dos rios e os afloramentos de água na cidade. Segundo ela, a reunião teve o objetivo de ouvir, sistematizar e encaminhar as demandas para a Comissão de Política Urbana.
O arquiteto e urbanista Rafael Sampaio, fundador do coletivo IVA (Infraestrutura Verde e Azul), destacou a importância das estruturas verdes e azuis como complementares às cinzas implantadas na cidade. Ele ressaltou a necessidade de evitar enchentes e crises hídricas, propondo a implementação de jardins de chuva conectados a um sistema de lagoas de chuva.
Já a arquiteta e urbanista Cláudia Muniz, do coletivo Salva Saracura, destacou o trabalho de educação patrimonial desenvolvido pelo grupo. Ela enfatizou a importância de contar a história do Bixiga através de seus rios, que foram soterrados e canalizados ao longo do século XX.
Por sua vez, o arquiteto e urbanista José Bueno, co-criador do Rios e Ruas, ressaltou a necessidade de atuar na educação ambiental da sociedade para a preservação. Ele questionou a lógica por trás das soluções “cinzas” como os piscinões, defendendo a implementação de alternativas mais sustentáveis.
A reunião completa pode ser assistida por meio do vídeo disponível abaixo. A discussão promovida pela Frente Parlamentar Ambientalista demonstra a importância de buscar soluções sustentáveis e inteligentes para o meio ambiente, visando a preservação dos recursos naturais e a redução dos impactos no ambiente urbano.