Estudantes da Unifesp protestam contra problemas estruturais no campus de Diadema e ameaçam entrar em greve.

Protesto de estudantes da Unifesp por problemas estruturais no campus de Diadema

Na última quinta-feira (23), estudantes da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram boicotar as aulas como forma de pressionar a reitoria a resolver os problemas estruturais enfrentados no campus de Diadema, localizado na Grande São Paulo. As atividades no campus têm sido canceladas com frequência devido à falta de água e energia, o que tem prejudicado significativamente o andamento das atividades letivas.

Inaugurado em 2006, o campus Diadema teve seu prédio acadêmico-administrativo inaugurado apenas no ano passado, antes disso, as atividades eram realizadas em imóveis alugados pela prefeitura. No entanto, estudantes e professores afirmam que o prédio foi inaugurado com uma série de problemas estruturais, que incluem desde falta de luz até janelas emperradas ou correndo risco de cair.

Questionada sobre as denúncias, a Unifesp alegou que o prédio não apresenta problemas estruturais, mas sim que sua finalização foi atrasada por restrições orçamentárias, o que fez com que alguns serviços tivessem de ser suprimidos. Entretanto, a universidade afirmou que, recentemente, obteve o orçamento necessário para resolver as questões do prédio e que os procedimentos institucionais estão em curso para solucionar os problemas com a maior celeridade possível.

Um dos estudantes, Caetano de Andrade, de 23 anos, relatou que teve diversas atividades canceladas devido aos problemas estruturais. Ele também denunciou que, na semana anterior, ficou sem aulas por dois dias seguidos devido à falta de energia no prédio.

Além da falta de energia, os problemas também afetam o serviço de alimentação do restaurante universitário, já que a empresa contratada para fornecer as refeições não consegue preparar os alimentos quando há falta de luz. O estudante ainda denunciou a falta de higiene no armazenamento dos alimentos e a ocorrência frequente de larvas e insetos na comida.

Os problemas estruturais também envolvem questões de segurança, com relatos de assaltos frequentes devido à precária iluminação na área do campus. Após uma reunião entre alunos, docentes e a reitoria da Unifesp, que terminou em trocas de farpas, protestos e manifestações foram iniciados no campus em busca de soluções para os problemas enfrentados.

O campus de Diadema abriga sete cursos de graduação, com cerca de 2.500 estudantes matriculados. A paralisação das aulas deve durar até o fim da próxima semana, quando uma assembleia deve deliberar o início de uma possível greve. A Unifesp, por sua vez, afirmou que está tomando as providências necessárias para solucionar todos os problemas estruturais no campus.

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