180 Milhões de Pessoas na América Latina e no Caribe Vivem em Situação de Pobreza, Revela Relatório da Cepal

De acordo com um relatório recente divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), mais de 180 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe não possuem renda suficiente para atender às suas necessidades básicas. Especificamente, 70 milhões dessas pessoas não conseguem sequer comprar uma cesta básica de alimentos. Os números demonstram a urgência da situação em toda a região, que afeta não apenas a população em geral, mas também grupos específicos, como mulheres, população indígena e moradores rurais.

Apesar de haver uma leve redução nos índices de pobreza em comparação com anos anteriores, ainda há muito a ser feito para melhorar as condições de vida dessas pessoas. O relatório aponta que quase um terço da população da região vive em situação de pobreza, sendo que esse número aumenta para 42,5% quando se trata de crianças e adolescentes. Além disso, a inclusão laboral é apontada como um fator crucial para o desenvolvimento social inclusivo na região.

O mercado de trabalho na América Latina e no Caribe também enfrenta desafios significativos, com a criação de empregos atingindo níveis historicamente baixos nos últimos anos. A informalidade é uma realidade para metade das pessoas empregadas na região, enquanto a maioria das famílias sustentadas por empregos informais são compostas por crianças e idosos. A crise laboral é evidente, desde a dificuldade de inserção no mercado de trabalho até o acesso a empregos dignos e bem remunerados.

A inclusão laboral, segundo a Cepal, depende de um crescimento econômico sustentável e de investimentos em políticas de desenvolvimento produtivo e proteção social. Entretanto, as projeções para o crescimento do PIB na região são modestas, o que representa mais um desafio para a melhoria das condições de vida da população.

Além disso, as desigualdades de gênero no mercado de trabalho também são evidentes, com uma participação menor das mulheres em comparação aos homens. O desemprego entre as mulheres é maior, e as responsabilidades com cuidados familiares são apontadas como uma das principais barreiras para a inserção laboral.

Diante desse panorama, é evidente a necessidade de políticas públicas e ações efetivas para promover a inclusão laboral e a redução das desigualdades na região da América Latina e no Caribe.

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