Apesar de haver uma leve redução nos índices de pobreza em comparação com anos anteriores, ainda há muito a ser feito para melhorar as condições de vida dessas pessoas. O relatório aponta que quase um terço da população da região vive em situação de pobreza, sendo que esse número aumenta para 42,5% quando se trata de crianças e adolescentes. Além disso, a inclusão laboral é apontada como um fator crucial para o desenvolvimento social inclusivo na região.
O mercado de trabalho na América Latina e no Caribe também enfrenta desafios significativos, com a criação de empregos atingindo níveis historicamente baixos nos últimos anos. A informalidade é uma realidade para metade das pessoas empregadas na região, enquanto a maioria das famílias sustentadas por empregos informais são compostas por crianças e idosos. A crise laboral é evidente, desde a dificuldade de inserção no mercado de trabalho até o acesso a empregos dignos e bem remunerados.
A inclusão laboral, segundo a Cepal, depende de um crescimento econômico sustentável e de investimentos em políticas de desenvolvimento produtivo e proteção social. Entretanto, as projeções para o crescimento do PIB na região são modestas, o que representa mais um desafio para a melhoria das condições de vida da população.
Além disso, as desigualdades de gênero no mercado de trabalho também são evidentes, com uma participação menor das mulheres em comparação aos homens. O desemprego entre as mulheres é maior, e as responsabilidades com cuidados familiares são apontadas como uma das principais barreiras para a inserção laboral.
Diante desse panorama, é evidente a necessidade de políticas públicas e ações efetivas para promover a inclusão laboral e a redução das desigualdades na região da América Latina e no Caribe.