De acordo com informações preliminares, a situação teve início quando a delegada, que estava de férias, usou as redes sociais para desabafar e expressar que não queria mais voltar a trabalhar. Logo em seguida, colegas da Polícia Civil foram até o seu endereço, momento no qual ela efetuou os disparos. Felizmente, ninguém ficou ferido, mas a situação permanece delicada.
O advogado de Monah Zein alega que a delegada é vítima de assédio moral há muito tempo. Ele afirma que a situação é lamentável e que estão em tratativa com a Corregedoria para resolver a situação de forma pacífica e o mais breve possível.
A situação gerou ainda mais preocupação quando a delegada fez uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, na qual aparece com uma arma na mão junto à porta do apartamento, durante negociação com os policiais, e manda os colegas irem embora.
A Polícia Civil informou que a situação está sendo acompanhada por equipes da Corregedoria e do centro de apoio psicossocial, demonstrando a preocupação com a saúde mental da delegada.
O advogado Leandro Martins, representante da delegada, destacou que, principalmente as servidoras do sexo feminino, são vítimas de assédio moral na polícia, e que a forma como a Polícia Civil trata seus servidores precisa ser repudiada pela sociedade e pelo governador do estado.
Diante das acusações de assédio moral, a Secretaria de Estado de Justiça da Segurança Pública de Minas Gerais alegou que o assunto deveria ser tratado com a Polícia Civil. A corporação, por sua vez, não respondeu aos questionamentos da reportagem até a publicação deste texto.
A situação é delicada e evidencia a necessidade de cuidados com a saúde mental dos servidores, bem como a atuação efetiva no combate ao assédio moral. Espera-se que as negociações em andamento possam resultar em uma resolução pacífica e rápida para o caso.