Esta ação faz parte do compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que garantiu que o governo buscaria trazer todos os nacionais e seus parentes que desejassem sair de Gaza. O compromisso foi firmado quando o Brasil conseguiu trazer os 32 brasileiros que estavam na região, no dia 14 de novembro.
De acordo com o Itamaraty, não há prazo definido para que essas pessoas saiam de Gaza, já que ainda existem outras listas de nacionais de outros países que ainda não obtiveram autorização para deixar o local. A saída de estrangeiros tem sido feita aos poucos, com cerca de 600 autorizações por dia, quando não há interrupções na fronteira de Rafah, que liga Gaza ao Egito.
A saída de pessoas da Faixa de Gaza só é autorizada após uma análise dos serviços de segurança dos países envolvidos nessas negociações, incluindo Egito, Israel, as autoridades de Gaza, que é controlada pelo Hamas, e outros países que atuam como intermediários do conflito, como Estados Unidos e Catar, de acordo com o embaixador do Brasil no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto.
Enquanto a operação para trazer as pessoas da Faixa de Gaza avança, algumas já desistiram da ideia de deixar o local. É o caso da família do brasileiro resgatado de Gaza Hasan Rabbe, que recebeu ameaças vindas do Brasil e decidiu permanecer na região. Hasan, que vive em São Paulo, solicitou proteção ao governo após receber ameaças em território brasileiro.
Por meio da Operação Voltando em Paz, o governo federal organizou dez voos da região do conflito para repatriar brasileiros e familiares. Até o momento, 1.477 pessoas e 53 animais domésticos foram transportados pela operação, sendo a maioria brasileiros, mas também incluindo palestinos, bolivianas e uma jordaniana.
Portanto, a situação na Faixa de Gaza continua sendo acompanhada de perto pelo governo brasileiro, que busca garantir a segurança e o retorno dos nacionais e seus familiares que desejam deixar a região de conflito no Oriente Médio.