Mulheres negras servidores públicos: inspiração e representatividade em nova página do Instagram.

Mulheres negras que tiveram carreiras de destaque no serviço público estão sendo homenageadas em uma iniciativa do Coletivo de Mulheres Negras Servidoras e Empregadas Públicas do Governo Federal. O perfil @servidorasnegras no Instagram busca combater a invisibilidade dessas personalidades e se tornar uma fonte de inspiração para outras mulheres negras que desejam seguir o mesmo caminho.

Ao longo do mês da Consciência Negra, o coletivo está publicando minibiografias das servidoras que abriram caminho no serviço público. Uma das primeiras homenageadas foi Yvonne Lara da Costa, também conhecida como Dona Ivone Lara, que teve uma carreira de destaque no Ministério da Saúde e também deixou sua marca na reforma psiquiátrica no Brasil. Além de sua carreira musical, Dona Ivone teve uma atuação de 37 anos como servidora pública, sempre buscando levar a música para os pacientes, inspirada pela terapia ocupacional.

Outra homenageada é Mônica de Menezes Campos, que em 1978 se tornou a primeira mulher negra a ingressar no Instituto Rio Branco para se tornar diplomata. Ela é um exemplo para mulheres negras que desejam seguir carreiras no serviço exterior brasileiro.

Enedina Alves Marques, a primeira engenheira negra do Brasil, também foi lembrada no perfil @servidorasnegras por sua trajetória inspiradora. Enquanto estudava engenharia civil, Enedina teve que enfrentar diversos obstáculos por ser mulher, negra e pobre em um curso tradicionalmente ocupado por homens brancos e ricos.

A primeira médica negra do Brasil, Maria Odília Teixeira, também é homenageada pelo coletivo por sua atuação pioneira na medicina e pela tese que buscou desvincular a cirrose da população negra. Lydia Garcia, primeira professora de música da rede pública do Distrito Federal, também é destacada por sua atuação como educadora e ativista.

A iniciativa busca não só proporcionar reflexão sobre a carreira no serviço público, mas também reconhecer e valorizar o legado dessas mulheres. O coletivo acredita que essa visibilidade pode servir como um incentivo para que mais mulheres negras aspirem ter destaque no setor.

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