Em nota divulgada pelo MST, o movimento afirmou que “Em luta, as famílias rememoram o legado de lutadores e lutadoras negras que inspiram a construção de um país livre da violência, da opressão e com garantia de direitos”. Além disso, o MST argumentou que as fazendas ocupadas são improdutivas e resultado de grilagem de terras, enquanto as famílias reivindicam que as áreas sejam consideradas públicas e destinadas à reforma agrária.
Entretanto, a situação nas fazendas ocupadas não é tranquila. O MST relatou que a região está tensa, com a presença de policiais que bloquearam a entrada e saída dos ocupantes. Essa ação tem gerado preocupações, principalmente devido ao histórico de conflitos entre movimentos sociais e forças de segurança.
Essa ocupação reacende o debate sobre a reforma agrária e a distribuição de terras no Brasil. O país possui uma longa história de desigualdades sociais, especialmente em relação à posse de terras, o que tem gerado conflitos e disputas ao longo dos anos. Nesse sentido, movimentos como o MST têm tido um papel fundamental ao articular demandas e reivindicações em prol de uma distribuição mais justa de terras e recursos.
As ocupações realizadas pelo MST em Parauapebas certamente irão gerar debates e reflexões sobre a questão da reforma agrária, da posse de terras e da luta por direitos. A presença de mais de mil famílias nessas fazendas sinaliza a força e a determinação dos movimentos sociais em buscar alternativas e soluções para problemas estruturais do país.