Uma das principais preocupações dos organizadores e apoiadores da parada é o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que visa proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mesmo sendo um direito garantido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011.
A deputada Dani Balbi (PCdoB), primeira transsexual da Assembleia Legistativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), enfatizou a importância da participação das pessoas LGBTI+ na política para garantir a representatividade e a implementação de políticas públicas em prol da comunidade.
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há pelo menos 2,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que se declaram lésbicas, gays ou bissexuais, e ainda não há levantamentos nacionais oficiais que incluam o restante da população LGBTQIAP+.
Cláudio Nascimento, presidente do Grupo Arco-Íris e coordenador-geral da marcha, ressaltou que a Parada LGBTI+ mostra a possibilidade de lutar com alegria e celebração, evidenciando a dinâmica do movimento social.
Além disso, os organizadores destacaram que a pauta do evento não é uma luta exclusiva da comunidade LGBTI+, enfatizando a importância do apoio de todos para defender os direitos dessa comunidade.
A Parada LGBTI+ também contou com a presença de oito participantes caracterizados como “anjos da diversidade”, representando a paz, o amor e a harmonia. Durante o evento, oito trios elétricos animaram os participantes, com artistas da comunidade LGBTI+ se apresentando, incluindo as cantoras Lexa e Valéria Barcellos.
Além da celebração da diversidade, o evento também ofereceu serviços de saúde, como vacinação, testagem de sífilis e hepatites, além de informações sobre PrEP e PEP para prevenção do HIV. Também foram oferecidos serviços de cidadania, como atendimentos jurídicos e combate à LGBTIfobia.
A Parada LGBTI+ tem grande impacto econômico, sendo o terceiro evento que mais atrai turistas para o Rio de Janeiro, atrás apenas do Carnaval e do Réveillon. O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, destacou o impacto positivo do evento na economia local.
A parada, segundo Freixo, não é apenas um evento de um dia, mas faz parte de um processo civilizatório que visa mostrar ao mundo um Brasil que não é racista, machista e que respeita a diversidade. Este ano, a parada conta com o apoio da empresa do governo federal.
Portanto, a 28ª edição da Parada LGBTI+ reuniu milhares de pessoas em um evento que celebrou a diversidade, promoveu conscientização sobre direitos e lutas da comunidade LGBTI+ e teve impacto positivo na economia local.