Além do impacto nas redes sociais, a soldado também tem sido alvo de ataques em grupos de policiais em aplicativos como o WhatsApp, nos quais memes e comentários depreciativos sobre o episódio têm circulado, causando sofrimento psíquico à própria policial. Diante da situação, a Ouvidoria enviou um ofício à Polícia Militar sugerindo a produção de uma normativa que proíba a disseminação de conteúdos deprecitativos ou que firam o moral de indivíduos, sejam eles policiais ou civis, em grupos de PMs.
A federação Fenepe (Federação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais do Brasil) procurou a Ouvidoria para relatar a situação, o que motivou a manifestação do órgão em repúdio a qualquer forma de violência, incluindo as de ordem psíquica e emocional. O ouvidor da polícia, Claudio Silva, ressaltou a importância do respeito aos direitos humanos, mesmo diante do erro cometido pela soldado, e destacou que os ataques direcionados a ela configuram crimes que precisam ser cessados.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirmou que a soldado Tamires Borges está afastada dos serviços operacionais até a conclusão do Inquérito Policial Militar instaurado para apurar os fatos. A pasta destaca que a atitude da policial é considerada grave e não condiz com os procedimentos operacionais e preceitos fundamentais da corporação, reforçando a obrigação de todo policial militar agir prontamente diante de um crime, independentemente de estar ou não em serviço.
Por fim, é importante ressaltar que a soldado Tamires Borges, apesar do episódio polêmico em questão, já havia sido reconhecida e premiada pela Polícia Militar em março de 2021 por sua atitude altruísta ao ajudar um jovem que havia sido vítima de um golpe em São Paulo. Sua participação em uma vaquinha para comprar a passagem de ônibus e alimentos para o rapaz rendeu a ela a Medalha do Mérito Comunitário, evidenciando que a policial tem em seu histórico ações voltadas para o auxílio e apoio a pessoas em situações de necessidade.