Sua trajetória e seu conhecimento sobre remédios começaram em sua cidade natal, Barra do Mendes, na Bahia, onde começou a trabalhar em uma farmácia ainda jovem. Aos 18 anos, foi para São Paulo em busca de trabalho e estudo, mas retornou um ano depois a pedido de seu ex-patrão, que lhe confiou o comando da farmácia. Foi nesse período que conheceu sua esposa, Nívea, com quem teve quatro filhas.
Mudou-se para Juazeiro em 1964, onde montou sua própria farmácia e teve mais quatro filhas. Foi na década de 1970 que se envolveu com o espiritismo devido a um problema de saúde de uma de suas filhas, tornando-se um multiplicador da doutrina.
Além de sua dedicação à farmácia, Ivo mantinha um sítio e participava de grupos solidários, realizando campanhas de arrecadação de alimentos e brinquedos para comunidades carentes. Seu exemplo de autodidatismo e incentivo aos estudos também influenciaram seus descendentes, sendo citado por seus netos como uma figura inspiradora em suas carreiras.
A saúde de Ivo começou a enfraquecer há 20 anos, quando teve uma crise no pâncreas, seguida pelo diagnóstico de câncer em 2016. Após um período de tratamento bem-sucedido, o tumor retornou dois anos depois. Nos últimos três anos, ele enfrentou uma anemia que o impediu de continuar a quimioterapia. No final de sua vida, já incapaz de trabalhar, ficava em uma cadeira na frente da farmácia até que, vendo seu sofrimento, seus filhos decidiram fechar as portas do estabelecimento em 2020.
Ivo faleceu em 31 de outubro, deixando como legado sua esposa, seis filhos, 17 netos e 11 bisnetos. Seu exemplo de generosidade e dedicação à comunidade certamente deixará uma marca duradoura em Juazeiro.